Trabalho infantil: o que é, como combater e prevenir

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Você sabia que mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes ainda estão em situação de trabalho infantil no Brasil? O dia 12 de junho nos convida a refletir sobre essa realidade — e a agir contra ela.

Falar sobre o combate ao trabalho infantil pode parecer uma causa óbvia — até absurda — em pleno 2025. Mas, assim como os temas de racismo e xenofobia, essa é uma questão urgente e persistente. Os números ainda são alarmantes.

Desde 2002, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) celebra o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, com o objetivo de alertar a sociedade global sobre os danos dessa prática e reforçar o compromisso com a sua erradicação.

A data é um importante lembrete de que é preciso proteger a infância e garantir que todas as crianças tenham o direito de brincar, estudar, sonhar e se desenvolver de forma plena — livres de qualquer tipo de exploração.

Continue a leitura e entenda melhor o que é trabalho infantil, quais são suas causas e consequências, e o papel da educação e toda sociedade no seu combate.

Neste artigo você vai ver:


  • O que é o combate ao trabalho infantil?

  • Qual o objetivo do Dia Mundial de Combate ao trabalho infantil? 

  • O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?

  • Porque o catavento é o símbolo contra o trabalho infantil?

  • Como prevenir e combater o trabalho infantil?


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crianças trabalhando na rua vendendo algodão doce

O que é o combate ao trabalho infantil?

Combater o trabalho infantil é uma causa que diz respeito a toda a sociedade. Permitir que uma criança exerça atividades de trabalho é uma violação dos direitos da infância e da adolescência.

Por isso, acabar com essa prática não é apenas um dever legal — é uma necessidade urgente que exige ação do Estado, das famílias, das organizações e de cada cidadão.

O que significa combater o trabalho infantil?

Na prática, combater o trabalho infantil envolve:

  • Identificar e denunciar situações de exploração;

  • Eliminar casos existentes por meio de medidas eficazes;

  • Prevenir novas ocorrências, principalmente com:

    • Políticas públicas consistentes;

    • Acesso à educação de qualidade;

    • Campanhas de conscientização;

    • Ações de inclusão social.

Muitas vezes, o trabalho infantil é tratado como algo “normal”, especialmente em famílias de baixa renda. Frases como “é só uma ajudinha” ou “pelo menos está longe do crime” mascaram a gravidade da situação.

A pobreza existe, mas a exploração infantil não pode ser a resposta.

Por que o trabalho infantil é um problema?

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho infantil é toda atividade exercida por crianças ou adolescentes abaixo da idade mínima permitida por lei, que prejudica sua educação, saúde e desenvolvimento integral.

Quando uma criança trabalha, ela deixa de viver plenamente a infância e isso compromete:

  • O desenvolvimento físico e emocional;

  • O desempenho escolar e o acesso à educação;

  • O direito de brincar, descansar e sonhar com o futuro.

Além disso, muitas dessas crianças enfrentam jornadas longas, condições perigosas, adoecimento precoce e acabam abandonando a escola.

Qual o objetivo do Dia Mundial de Combate ao trabalho infantil? 

Criado em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é celebrado anualmente em 12 de junho. No Brasil, a data foi instituída oficialmente pela Lei nº 11.542/2007  como um dia contra o trabalho infantil.

A data tem como principal objetivo:

  • Conscientizar a sociedade sobre os impactos do trabalho infantil;

  • Promover reflexões sobre os direitos das crianças e adolescentes;

  • Mobilizar esforços coletivos para prevenir e erradicar essa prática.

De acordo com os dados mais recentes do IBGE, houve uma queda de 14,6% no número de crianças em situação de trabalho infantil em 2023 (cerca de 1,6 milhões) com relação a 2022 (que registrou 1,9 milhões)

Essa redução é um avanço importante, mas ainda insuficiente. Para Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT em entrevista à Veja,

“as conclusões do nosso relatório oferecem esperança e mostram que o progresso é possível, mas resta um longo caminho a percorrer. As crianças devem estar na escola, não trabalhando”. 

Os dados da pesquisa indicam ainda que:

  • A maior parte dos casos está concentrada na faixa etária entre 16 e 17 anos;

  • Cerca de 705 mil jovens realizam atividades consideradas ilegais ou perigosas;

  • As regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices proporcionais.

Qual é o objetivo da campanha de combate ao trabalho infantil? 

Todos os anos, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) promove campanhas nacionais para ampliar o debate e engajar a sociedade no combate ao trabalho infantil.

Essas campanhas são organizadas em parceria com fóruns estaduais e municipais; ministérios públicos do trabalho e da infância; conselhos tutelares; organizações da sociedade civil; escolas e comunidades locais.

menina com ursinho representando proteção à criança

Como funcionam essas mobilizações?

As ações incluem:

  • Campanhas publicitárias em rádio, TV e redes sociais;

  • Distribuição de materiais educativos em escolas e espaços públicos;

  • Atividades culturais e educativas para crianças e adolescentes;

  • Eventos formativos para professores, assistentes sociais e famílias.

Além disso, as campanhas reforçam canais de denúncia como o Disque 100, que recebe relatos anônimos sobre violações de direitos humanos, inclusive de trabalho infantil.

A data, portanto, reforça a urgência de políticas públicas efetivas, acesso à educação de qualidade e ações de combate à desigualdade social, que são fatores diretamente ligados à persistência do trabalho infantil.

O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?

Mais do que uma campanha de conscientização, o trabalho infantil se faz letra de lei e é considerado crime no Brasil. O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) repudia a prática, tipifica o crime e traz suas consequências. 

O artigo 60 do ECA afirma:

“É proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz.”

Ou seja, crianças com menos de 14 anos não podem trabalhar em nenhuma hipótese. Já a A CLT, no artigo 403, reforça que:

“A idade mínima para o trabalho é 16 anos”.
“Entre 14 e 16 anos, só é permitido trabalhar como jovem aprendiz”.

Tanto o ECA quanto a CLT estão em conformidade com a Constituição Federal que determina como dever da família, da sociedade e do Estado colocar a criança a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 

Porque o catavento é o símbolo contra o trabalho infantil?

O catavento colorido de cinco pontas é o principal símbolo da luta contra o trabalho infantil.

Ele foi escolhido por representar movimento, leveza, cor, alegria e união — elementos que remetem à infância como ela deve ser: livre, protegida e cheia de possibilidades.

  • Suas cinco pontas simbolizam os cinco continentes, reforçando que o combate ao trabalho infantil é uma responsabilidade global.

  • As cores vivas representam a diversidade e os direitos universais das crianças.

  • O movimento do catavento remete à transformação e ao progresso.

Se atentando à causa, você perceberá que o catavento trabalho infantil está presente nas campanhas nacionais e internacionais, nas ações educativas em escolas, nos materiais de conscientização, nos eventos do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, enfim, nas mais diversas mobilizações de combate ao problema. 

Mobilize-se pela causa! Adote o catavento nas redes sociais

No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que tal usar o catavento colorido em suas publicações?

Esse simples gesto ajuda a espalhar a mensagem e mostrar que você também acredita em uma infância livre, protegida e com direitos garantidos.

  • Poste uma imagem, compartilhe um conteúdo ou use a hashtag da campanha.

  • O catavento pode estar em fotos, ilustrações, desenhos feitos por crianças ou até como filtro em stories.


Como prevenir e combater o trabalho infantil? 

A prevenção começa com informação, conscientização e denúncia

Quando famílias, escolas e comunidades compreendem os riscos e impactos do  trabalho infantil, torna-se mais fácil identificar e interromper o ciclo da violação de direitos.

Veja algumas formas de atuar na prevenção:

catavento trabalho infantil

1 - Fale sobre o tema

Mobilize crianças, jovens e adultos, principalmente em espaços educativos e comunitários;

2 - Denuncie 

Não seja conivente com qualquer situação de trabalho infantil. Denuncie pelo Disque 100 ou em conselhos tutelares;

3 - Apoie políticas públicas 

Ofereça apoio para políticas públicas que ampliam o acesso à educação, saúde e assistência social na infância;

4 - Envolva-se em campanhas 

Você pode participar ativamente de ações de mobilização, como o 12 de junho e iniciativas escolares.

Como a educação pode ajudar a combater o trabalho infantil?

A educação é uma das principais ferramentas de transformação social e combate ao trabalho infantil. Estar na escola, com acesso a um ensino de qualidade, protege crianças e adolescentes da exploração e amplia suas oportunidades no futuro.

Veja como a escola contribui no combate à exploração infantil:

  • Garante o acesso ao conhecimento, reduzindo a vulnerabilidade social.

  • Oferece espaço seguro de acolhimento e escuta.

  • Fortalece vínculos com a comunidade e a família.

  • Ajuda a identificar sinais de trabalho precoce e encaminhar aos órgãos de proteção.



Além disso, programas de permanência escolar, como bolsas, transporte e merenda, são fundamentais para manter crianças e adolescentes estudando e longe do trabalho infantil.


E então, gostou desse conteúdo? Apoie a causa e compartilhe com outros pais e responsáveis que gostariam de saber mais sobre o combate ao trabalho infantil. Aproveite e leia outros artigos do nosso blog. 

Educação é um caminho real para combater o trabalho infantil

O acesso à educação transforma vidas e é uma das estratégias mais eficazes para prevenir o trabalho infantil e garantir um futuro digno para crianças e adolescentes. 

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